quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O ESPECTADOR É PÓS-TUDO

Gentes, realmente o babado do pós é o espectador. Super 'In', falar de espectador.

Vamos por partes, como diria Jack.

Nos dias 14 e 15, como vocês viram no post abaixo, Hans Thies Lehmann esteve conosco no PPGAC. Foi uma palestra e uma tarde de bate-papos. Como extra, ele esteve no lançamento do livro da queridíssima Antônia Pereira, coordenadora do programa, lá no Tom do Saber.

Das muitas coisas interessantes que ele disse - e realmente foram muitas - duas delas me acharam especial atenção e me esclareceram boa parte do que eu não entendia nas discussões sobre o teatro pós-dramático. Tudo bem que eu não li o livro (que eu já comprei e ele autografou, claro) mas eu ouvia as discussões e ficava meio sem entender porque este homem é tão apedrejado. então, voltando ás coisas... ele disse que os elementos do teatro pós-dramáticos estão na cena e não no texto. Que falar sobre pós-dramático é falar, sobretudo, de encenação. Eu adorei isso.

Outra coisa foi ele ter citado um livro que eu vou pesquisar, que se chama Dramaturgia do Espectador. Eu dei um pulo na cadeira, porque na minha dissertação eu falo de uma possível dramaturgia da leitura, que seria essa dramaturgia pós-cena, que se configura no espectador. A autora é MarianneVan Kerkhoven. Parece que não tem em português.

Claro que eu fiz uma pergunta sobre o futebol e as respostas dele foram bastante provocadoras. Tanto as coisas que ele acha sobre o tema, quanto algumas lacunas que eu percebi que há quando ele respondeu. Logo, a certeza de que eu ainda tenho muito o que pesquisar e o que organizar enquanto pensamento, pois para mim ficou muito claro que a forma como eu entendo a relação do torcedor com o futebol ainda precisa ser descrita com clareza e embasamento.

Bom, foi um momento muito enriquecedor do nosso programa.

Aproveito para parabenizar Antônia Pereira pelo belíssimo livro Alteridade, Memória e Narrativa. Olha eu e minha metade com nossa querida professora e amiga.


É isso, Dr. espectador.
Você é o centro das atenções na pós-modernidade.


Sempre na platéia. Na platéia, sempre.

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